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Homenagem ao Município de Rio espera pelo seu Aniversário de 311 anos – História da Bandeira do Município

 

Como forma de HOMENAGEAR O MUNICÍPIO DE RIO ESPERA PELO SEU

ANIVERSÁRIO DE 311 ANOS, a nossa Rádio vai contar a – HISTÓRIA DA

BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE RIO ESPERA.

“Capítulo I –  Rio Espera numa leitura de escola nos anos 70 Como se trata de

causos, estou aqui resgatando a história que ouvi nos tempos de “Grupo

Escolar Major Miranda ” (Escola Estadual Major Miranda), acrescida pelos

professores da “Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário” (Escola

Estadual Monsenhor Francisco Miguel Fernandes). Posto isso, fico isenta

de críticas e ponderações de fato ou fake (muito atual) porque o que

exponho são minhas interpretações que me deram elementos  para

desenhar a bandeira de Rio Espera. Em meados de setembro de 1979,

estava cursando a 8 ª série (do ginásio) quando a prefeitura, no governo do

Prefeito João de Assis, lançou o concurso da “Bandeira de Rio Espera”

direcionado a essa série. A grande novidade e motivação foi um prêmio de

dois mil, não me lembro da moeda, tratava-se de dois “barões”. Na época,

era uma quantia considerável que virou minha poupança e me rendeu

bons frutos. Empolgada em concorrer, troquei ideia com uma de minhas

tias que me orientou a ler novamente sobre o histórico da cidade para

captar a dinâmica do território vivo: as pessoas, a cultura, a economia, a

crença e o que esses e outros elementos provocavam minha imaginação.

Então vou elucidar, primeiramente, o histórico para quem se interessar

conhecer em quais informações me baseei no desenho da bandeira

vencedora. Segundo constava nos históricos “escolares” da época, o local

onde se assentou a cidade foi pisado, pela primeira vez, por exploradores

paulistas que, em 1710, partiram do Arraial de Itaverava, atravessaram um

vau do Rio Piranga e chegaram onde é hoje o largo da matriz. Esses

destinados aventureiros andavam em busca de ouro. Não mediam

esforços, adentravam nas florestas, não temiam as feras e nem a clava dos

índios. Tais exploradores eram chefiados por Manuel de Melo que os

dividiu em três turmas e ordenou que cada uma partisse em rumos

diferentes a fim de fazer explorações do território. O ponto de espera deu

origem ao nome final da nossa cidade. O meu “Caderno de

Apontamentos” do grupo escolar pode divergir de outros registros ou

memórias. A entrada dos exploradores ocorreu em 08 de setembro de 1710.

Após o rastreamento da região, Manoel de Melo voltou para

Itaverava acompanhado da expedição a fim de prover víveres para breve

retorno. No regresso, o bando de aventureiros passou pelo sítio, onde é

hoje Rio Melo, e deixou marcos para não perder o rumo na continuidade

do reconhecimento das terras. No ano seguinte, Melo voltou com mais

gente que se agregou ao bando, o que possibilitou os fundamentos de

uma fazenda com a finalidade de continuar suas pesquisas em busca de ouro.

A caça ao ouro era por meio do alvião, mas abandonou-a para tratar

de culturas de cereais, porque a indústria de extração não deu lucros. O

povoamento foi aumentando de tal forma que, em 1750, eram muitos os

posseiros que requereram Carta de Sesmaria ao governo da Capitania de

Minas. Vale destacar os moradores posseiros: Antônio Félix Moreira,

André da Costa Oliveira, Domingos Pacheco, José Pires Lameiro, Miguel

Teixeira da Silva, Mateus Pereira de Ponte e outros (algum descendente

neste grupo?). André da Costa Oliveira e Félix Moreira tinham suas

fazendas onde hoje é o largo da matriz. Povoado o local, Sítio da

Esperança, seus moradores requereram ao bispo de Mariana provisão

para erigir uma capela em honra de Nossa Senhora da Piedade. Porém,

Francisco de Souza Rego, homem abastado, residente próximo ao Lamim,

gastou com essa provisão porque desejava que a capela fosse instalada

em sua fazenda. Não sendo assim, resultou ao português desgosto e o

desaparecimento da provisão. Uma outra provisão foi requerida e

concedida pelo bispo com censura a Souza Rego como culpado do

desaparecimento da anterior. Por portaria de 02 de outubro de 1760, o

Padre Manuel Ribeiro Taborda, vigário de Itaverava, mandou que seu

coadjutor, Padre João Maciel Costa, fosse à fazenda de André Costa

Oliveira, no Sítio da Esperança, entre Lamim e Embrajauvas, hoje Brejaúva,

e demarcasse um lugar para a construção da capela. O Padre João Maciel,

cumprindo essa portaria, deu nova certidão, em 20 de outubro do mesmo

ano, para a instalação da capela nas terras de André da Costa Oliveira e

Félix Moreira.

Capítulo II – A construção da bandeira e a justificativa de cada

elemento de sua composição. O desenho da bandeira que apresentei para

estudo e julgamento no concurso primou por elucidar uma integração de

simbolismos referentes à cidade de Rio Espera de acordo com os

destaques no histórico anterior. A Bandeira: Os destaques de simbolismos

na bandeira foram dados através das seguintes representações: 1. Uma

“faixa azul”, cor mais forte, representa o rio de nossa cidade. 2. Duas

estrelas acima da faixa azul representam os dois distritos: Piranguita e Rio

Melo. O vermelho vivo significa o espírito de luta e colaboração que

devem reinar entre os habitantes da região concretizando assim o lema:

“União para o progresso”. 3. A faixa de cor “verde folha” representa um

dos fatores econômicos do lugar: a agricultura modestamente variada. 4.

A faixa “amarela” representa também outro fator econômico de modesto

destaque: a pecuária e seus derivados. 5. Uma estrela em cor “branca”

num “campo azul-céu” representa a Virgem da Piedade que, dentro e fora

de seu templo, é o símbolo da fé cristã de um povo convicto e ardoroso

em suas tradições. 6. Quanto aos dizeres “União para o Progresso”, veja a

explicação dada no item 2. 7. O “campo em cor branca” representa a paz,

que deve reinar no trabalho, em prol do progresso cultural, agropecuário

e religioso da nossa terra. 8. As faixas em “V” significam Vitória final,

coroando o esforço de cada cidadão rioesperense na sua caminhada para

o progresso. E assim, no dia 30 de outubro de 1979, entreguei dois

desenhos da bandeira para o concurso, sendo esse o premiado”.

Autoria: Maria Teresinha de Oliveira Fernandes Julho/2021.

 

 

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